quarta-feira, 10 de maio de 2017

Aula 7 - Bioquímica do Meio Interior e Proteínas Plasmáticas

- Meio interno é o conjunto de líquido extracelular com o sangue, linfa, líquido intersticial, etc.

- Interstício (onde fica o líquido intersticial) é onde há trocas de substâncias, metabólitos, excretas e outras moléculas.

- pH normal do sangue é entorno de 7,4.

- Soro (amarelado) é uma fração líquida e acelular do sangue que contém parte das proteínas sanguíneas. Não é necessário anticoagulante, tem anticorpos e por isso é usado para identificar enfermidades.

- Plasma (transparente a amarelo): porção líquida acelular que contém todo o conteúdo de proteínas originalmente no sangue, é necessária a adição de anticoagulante e centrifugação.

- Fibrinogênio origina a fibrina, que pode ser comparada a um cimento assim como as plaquetas podem ser os tijolos do coágulo.-

- A Fibrina forma uma rede que leva muitas células gerando um coágulo.

- Sangue ~> função: transporte (de O2, nutrientes, hormônios, etc.), controle homeostático (receptores do cérebro fazem medições da glicose, volume da água, etc. para fazer as regulações necessárias), balanço ácido-base, regulação da temperatura, defesa (imunidade celular e humoral) e autodefesa (coagulação e fibrinose).

- Eritrócitos: hemácias, possuem alta concentração no sangue.

- Leucócitos: neutrófilos, monócitos. Participam da imunidade.

- Plaquetas: participam na homeostase, fazem tapão plaquetário em extravasam.

 - Nos líquidos extracelulares há muito Cl-, Na+, HCO3-, enquanto que no citosol há mais K+ e proteínas.


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Proteínas plasmáticas

Principais: albuminas e globulinas (de 7 a 11g/dl é o normal das duas)

- desempenham funções de homeostasia.

- as albuminas representam de 50 a 55% das proteínas plasmáticas e é doadora de aminoácidos, transportadora genérica para componentes hidrofóbicos, sais, bilirrubina, etc.). é Hidrofílica, o que leva à função de controla da osmolaridade.

- o tamanho necessário para as proteínas não serem filtradas pelo rim é de 69kd de peso.

- Hiperalbuminemia afugenta H2O do vaso, gerando edemas generalizados por acúmulo de H2O em lugares inadequados.

- Globulina é transportadora mais específica, umas só carregam Cu+2, ou vitamina D, etc.). É menos hidrofílica que a albumina, glicoproteica na maioria das vezes.

- Fracionamento por Salting in e Salting out~> precipitam mais rápido porque reagem menos com a água. Adição de sal fera diferentes reações
 nas 2 proteínas. 

- Salting in é um pequeno aumento da [sal] que é igual a proteína + absorvida.

- Salting on é um grande aumento da [sal] que é igual a proteína que precipita. 

- Fracionamento por eletroforese gera um gráfico com padrão densiométrico.

- proteína fica com carga negativa devido ao pH +9 da solução.

- As globulinas tem menos carga e por isso é mais lenta. 

- IgG é a mais comum e abundantes, é passada pela mãe, guardam doenças enquanto IgM indica uma enfermidade presente.


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Aula 6 - Destino dos nutrientes após a absorção

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Fonte: resumoescolar

 - Os principais combustíveis metabólicos são:

Glicose, aminoácidos, ácidos graxos e corpos cetônicos.

 * No Ciclo de Krebs o acetato não gera energia porque os 2 carbonos do acetil-CoA são liberados, sem gerar energia.

 * Uma gordura tem que ser ímpar e ter 2 carbonos no final da cadeira para formar glicose, por isso só o ácido graxo propionato, com 7 carbonos, é capaz de gerar glicose.

 * O fígado regula a glicemia através da primeira fosforilação, feita pela glicoquinase.
 - A afinidade pela hexoquinase é maior do que pela glicoquinase, o que impede que os tecidos não-hepáticos recebam a glicose, permitindo a ação da insulina no fígado.

 * O aumento de ATP inibe o Ciclo de Krebs.

 * O glicogênio pode ocupar até cerca de 10% do volume do fígado.

A homeostasia se combustíveis é mantida por diversos eixos, por exemplo o insulina-glucagon, hipotalâmico-hipofisário e o sistema nervoso central.

A drenagem do intestino pela veia porta leva a glicose e os aminoácidos para o fígado enquanto os triglicerídeos são absorvidos pelo sistema linfático.

O fígado é um "órgão sentinela" uma vez que todos os nutrientes absorvidos passam por ele antes de ir para a circulação de onde serão distribuídos para os tecidos, podendo modificar os componentes sanguíneos.

A síntese de ácidos graxos a partir de carboidratos acontece quando o piruvato entra na mitocôndria (esse piruvato surge uma vez que há excesso de glicose e a glicólise está ativa), o piruvato vai a acetil CoA (numa reação irreversível) que vai entrar no Ciclo de Krebs. 
 - Essa reação irreversível torna impossível a transformação de ácido graxo em carboidrato.

 Os ácidos graxos são "empacotados" como VLDL, mas antes eles são esterificados em triacilgliceróis.

Os aminoácidos absorvidos podem ser classificados em:
 - aminoácidos essenciais ou aminoácidos de transporte ~> aspartato, glutamato e alanina;
 - aminoácidos de cadeia ramificada ou BCAA's ~> valina, leucina, isoleucina

Os aminoácidos são absorvidos pelos enterócitos (=células do intestino) e a partir do fígado vão para a circulação sanguínea através da veia porta.

Alanina é o principal aminoácido do sangue portal.


Fonte: youtube

 - pouco mais de 20% dos aminoácidos que chegam ao fígado durante a fase proteica vão para a circulação, parte vai  para a síntese proteica para repor os aminoácidos do fígado ou para compor as proteínas célicas.

 * o Acetil CoA não é capaz de subir ao Ciclo de Krebs porque ele doa 2 carbonos na segunda volta que irão sair na forma de CO2.

Sintetizar glicose a partir de aminoácidos é importante para animais que são carnívoros verdadeiros uma vez que dieta deles é rica em aminoácidos e pobre em carboidrato.

 -ácidos graxos recém sintetizados no fígado e exportados na forma de VLDL.



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Fase de absorção: período relativamente breve, em geral poucas horas, que acontece entre as refeições em alimais bem alimentados.
São variações de curto prazo que levam nutrientes dos depósitos para fora dos locais de armazenamento, para os tecidos metabolicamente ativos, para que sejam utilizados.

Glicemia: conforme a glicemia diminui a concentração de insulina no sangue também diminui e a secreção de glucagon, tendo o fígado como alvo primário, é aumentada.

No fígado a adenil-ciclase é ativada, produzindo o AMP cíclico (AMPc) que, por sua vez, ativa a proteína quinase A que fosforila outras proteínas. Dessa forma, diversas proteínas se encontram fosforiladas na fase de pós absorção.

A fosforilação é um mecanismo covalente pra reação enzimática, por isso pode ativar ou inativar uma enzima; enzimas que estimulam a mobilização e a utilização dos combustíveis são estimuladas por fosforilação, já as que estimulam o armazenamento de combustíveis são inativadas. Assim, o glucagon coloca o fígado em estado de utilização de combustível.


 - A fosforilação estimula a glicose-1,6-bifosfatase(enzima chave da gliconeogênese) e a glicogênio-fosfatase.

 - A glicogênio-sintetase e a fosfofrutoquinase estão inibidas durante a pós absorção.

Fonte: youtube

Fonte: slideshare

O Fígado reage a essa baixa de glicose mobilizando os aminoácidos para garantir a gliconeogênese.

Com o declínio da [insulina] no sangue ocorre a redução da entrada de aminoácidos e de glicose vindo do sangue, logo há degradação de proteína para obter suprir a queda de aminoácidos e o músculo também utiliza aminoácidos para suprir a falta de glicose. Dessa forma está ocorrendo proteólise no músculo no período pós-absortivo, oferendo glicose pro músculo e esqueletos carbônicos para o fígado utilizar na gliconeogênese e produzir glicose para o organismo.

O catabolismo de proteínas no músculo utiliza os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), que são também os formadores de aproximadamente 1/3 dos aminoácidos musculares. A transferência de grupo amino para outro alfa-cetoácido deixando o aminoácido se transformar em seu análogo ceto que vai ser utilizado no ciclo de Krebs gerando energia.

Além disso, os BCCA podem servir de suplemento para a síntese de alanina que vai para o fígado ser direcionada para a gliconeogênese. Essas interconversões são necessárias porque só ela serve para o fígado.

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Fonte: loldpersonal

Os ácidos graxos armazenados no tecido adiposo são liberados pela ativação da enzima lipase hormônio sensível estimulada por um hormônio (adrenalina ou noradrenalina principalmente, mas também do glucagon). O aumento do AMPc estimula a enzima triacilglicerol lipase hormônio sensível que quebra triglicerídeo em ácidos graxos livres (=não esterificados) que serão transportados pela albumina até serem utilizados.


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Durante a fase de jejum ou subnutrição prolongada seria ruim para os animais depender das proteínas musculares, por isso a energia vai ser gerada principalmente pela degradação dos triglicerídeos do tecido adiposo através de seus ácidos graxos. Isso acontece sendo mantida uma taxa basal de gliconeogênese para suprir a demanda de glicose para os tecidos que tem glicose como preferência como as hemácias.

No jejum os intermediários do ciclo de Krebs estão sendo pegos para gerar glicose, assim o acetil-CoA é transformado em corpos cetônicos que são pegos para circular no sangue e serem captados pelo coração, músculo esquelético, rim e cérebro, onde serão transformados em acetil-CoA para gerar energia.

Fonte: youtube

Mesmo depois de dias a gliconeogênese se mantém porque é ela que vai manter a glicemia no jejum prolongado.

O glicogênio hepático é gasto rapidamente e a proteólise acontece continuamente embora as proteínas sejam preservadas.

Depois de muito tempo em jejum, quando a gordura corporal decai bastante e há uma perda muscular muito grande, que é o que acaba levando à morte.


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