- Os principais combustíveis metabólicos são:
Glicose, aminoácidos, ácidos graxos e corpos cetônicos.
* No Ciclo de Krebs o acetato não gera energia porque os 2 carbonos do acetil-CoA são liberados, sem gerar energia.
* Uma gordura tem que ser ímpar e ter 2 carbonos no final da cadeira para formar glicose, por isso só o ácido graxo propionato, com 7 carbonos, é capaz de gerar glicose.
* O fígado regula a glicemia através da primeira fosforilação, feita pela glicoquinase.
- A afinidade pela hexoquinase é maior do que pela glicoquinase, o que impede que os tecidos não-hepáticos recebam a glicose, permitindo a ação da insulina no fígado.
* O aumento de ATP inibe o Ciclo de Krebs.
* O glicogênio pode ocupar até cerca de 10% do volume do fígado.
A homeostasia se combustíveis é mantida por diversos eixos, por exemplo o insulina-glucagon, hipotalâmico-hipofisário e o sistema nervoso central.
A drenagem do intestino pela veia porta leva a glicose e os aminoácidos para o fígado enquanto os triglicerídeos são absorvidos pelo sistema linfático.
O fígado é um "órgão sentinela" uma vez que todos os nutrientes absorvidos passam por ele antes de ir para a circulação de onde serão distribuídos para os tecidos, podendo modificar os componentes sanguíneos.
A síntese de ácidos graxos a partir de carboidratos acontece quando o piruvato entra na mitocôndria (esse piruvato surge uma vez que há excesso de glicose e a glicólise está ativa), o piruvato vai a acetil CoA (numa reação irreversível) que vai entrar no Ciclo de Krebs.
- Essa reação irreversível torna impossível a transformação de ácido graxo em carboidrato.
Os ácidos graxos são "empacotados" como VLDL, mas antes eles são esterificados em triacilgliceróis.
Os aminoácidos absorvidos podem ser classificados em:
- aminoácidos essenciais ou aminoácidos de transporte ~> aspartato, glutamato e alanina;
- aminoácidos de cadeia ramificada ou BCAA's ~> valina, leucina, isoleucina
Os aminoácidos são absorvidos pelos enterócitos (=células do intestino) e a partir do fígado vão para a circulação sanguínea através da veia porta.
Alanina é o principal aminoácido do sangue portal.
- pouco mais de 20% dos aminoácidos que chegam ao fígado durante a fase proteica vão para a circulação, parte vai para a síntese proteica para repor os aminoácidos do fígado ou para compor as proteínas célicas.
* o Acetil CoA não é capaz de subir ao Ciclo de Krebs porque ele doa 2 carbonos na segunda volta que irão sair na forma de CO2.
Sintetizar glicose a partir de aminoácidos é importante para animais que são carnívoros verdadeiros uma vez que dieta deles é rica em aminoácidos e pobre em carboidrato.
-ácidos graxos recém sintetizados no fígado e exportados na forma de VLDL.
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Fase de absorção: período relativamente breve, em geral poucas horas, que acontece entre as refeições em alimais bem alimentados.
São variações de curto prazo que levam nutrientes dos depósitos para fora dos locais de armazenamento, para os tecidos metabolicamente ativos, para que sejam utilizados.
Glicemia: conforme a glicemia diminui a concentração de insulina no sangue também diminui e a secreção de glucagon, tendo o fígado como alvo primário, é aumentada.
No fígado a adenil-ciclase é ativada, produzindo o AMP cíclico (AMPc) que, por sua vez, ativa a proteína quinase A que fosforila outras proteínas. Dessa forma, diversas proteínas se encontram fosforiladas na fase de pós absorção.
A fosforilação é um mecanismo covalente pra reação enzimática, por isso pode ativar ou inativar uma enzima; enzimas que estimulam a mobilização e a utilização dos combustíveis são estimuladas por fosforilação, já as que estimulam o armazenamento de combustíveis são inativadas. Assim, o glucagon coloca o fígado em estado de utilização de combustível.
- A fosforilação estimula a glicose-1,6-bifosfatase(enzima chave da gliconeogênese) e a glicogênio-fosfatase.
- A glicogênio-sintetase e a fosfofrutoquinase estão inibidas durante a pós absorção.
O Fígado reage a essa baixa de glicose mobilizando os aminoácidos para garantir a gliconeogênese.
Com o declínio da [insulina] no sangue ocorre a redução da entrada de aminoácidos e de glicose vindo do sangue, logo há degradação de proteína para obter suprir a queda de aminoácidos e o músculo também utiliza aminoácidos para suprir a falta de glicose. Dessa forma está ocorrendo proteólise no músculo no período pós-absortivo, oferendo glicose pro músculo e esqueletos carbônicos para o fígado utilizar na gliconeogênese e produzir glicose para o organismo.
O catabolismo de proteínas no músculo utiliza os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), que são também os formadores de aproximadamente 1/3 dos aminoácidos musculares. A transferência de grupo amino para outro alfa-cetoácido deixando o aminoácido se transformar em seu análogo ceto que vai ser utilizado no ciclo de Krebs gerando energia.
Além disso, os BCCA podem servir de suplemento para a síntese de alanina que vai para o fígado ser direcionada para a gliconeogênese. Essas interconversões são necessárias porque só ela serve para o fígado.
Os ácidos graxos armazenados no tecido adiposo são liberados pela ativação da enzima lipase hormônio sensível estimulada por um hormônio (adrenalina ou noradrenalina principalmente, mas também do glucagon). O aumento do AMPc estimula a enzima triacilglicerol lipase hormônio sensível que quebra triglicerídeo em ácidos graxos livres (=não esterificados) que serão transportados pela albumina até serem utilizados.
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Durante a fase de jejum ou subnutrição prolongada seria ruim para os animais depender das proteínas musculares, por isso a energia vai ser gerada principalmente pela degradação dos triglicerídeos do tecido adiposo através de seus ácidos graxos. Isso acontece sendo mantida uma taxa basal de gliconeogênese para suprir a demanda de glicose para os tecidos que tem glicose como preferência como as hemácias.
No jejum os intermediários do ciclo de Krebs estão sendo pegos para gerar glicose, assim o acetil-CoA é transformado em corpos cetônicos que são pegos para circular no sangue e serem captados pelo coração, músculo esquelético, rim e cérebro, onde serão transformados em acetil-CoA para gerar energia.
Mesmo depois de dias a gliconeogênese se mantém porque é ela que vai manter a glicemia no jejum prolongado.
O glicogênio hepático é gasto rapidamente e a proteólise acontece continuamente embora as proteínas sejam preservadas.
Depois de muito tempo em jejum, quando a gordura corporal decai bastante e há uma perda muscular muito grande, que é o que acaba levando à morte.
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